Patricia e Renato no Japão
Nossa história no Japão começou no ano de 2004, quando recebemos uma mensagem do produtor japonês Yoshihiro Narita, dizendo que havia ouvido nosso álbum Dois em Pessoa, recém lançado àquela época e chegado ao seu país por mãos de importadores. Por considerar Dois em Pessoa o melhor disco de música brasileira lançado naquele ano, Narita-san nos falou de seu desejo de licenciar o álbum para sua distribuição no mercado japonês.
Assim foi feito, e desde então, estreitamos com ele laços profissionais e de amizade, e ao longo desses anos, lançamos através da NRT/Maritmo, selo do qual Narita é presidente, 7 álbuns no Japão, além de fazermos por lá 3 turnês inesquecíveis.
Na primeira, primavera de 2009, estivemos em Tóquio, Yamagata e Kamakura. Em Yamagata, ao norte do país, nos apresentamos no mais lindo cenário de nossas vidas, com cerejeiras brancas, em plena floração, como fundo de palco!
Em Kamakura, fizemos um maravilhoso concerto de mantras no templo budista Komyoji, gravado ao vivo e lançado no ano seguinte em CD e DVD (In Mantra).
Na segunda turnê, em 2010, além das três cidades já mencionadas, também estivemos em Fukuoka, ao sul do Japão. O tempo era de outono, época em que a natureza no país apresenta-se numa verdadeira aquarela, de beleza igualmente rara!
Nossa terceira turnê, em maio de 2012, foi mais uma vez recheada de momentos inesquecíveis, e a receptividade das pessoas de lá nos inspira a fazer música mais e mais com gratidão e amor.
Lançamos o nosso novo álbum de mantras, Sunni-e, participamos de gravações de artistas japoneses, e do festival sense of Quiet, idealizado por Yoshihiro Narita com o objetivo de através da música elevar a auto-estima dos japoneses, fragilizada após o grande trauma vivido por eles em 2011, e felizmente, sense of Quiet foi um sucesso e verdadeiro presente para todos!
Depois de um show com sessão dupla e casa cheia em Osaka, abrimos o sense of Quiet em Kamakura no Templo de Komyoji, que sempre nos envolve e inspira com sua atmosfera mágica!
E a nossa apresentação em Tóquio fechou o festival. Convidamos a Japonêsa Ichiko Aoba e os argentinos Carlos Aguirre e Quique Sinesi, que também participaram do sense of “Quiet”, para uma canja conosco no bis - o público japonês vibrou tanto, que pareciam até brasileiros!
Enfim, foram dias regidos por uma convivência e música de alto nível, tudo orquestrado de maneira impecável por Narita-san, que sem patrocínio, trabalha com toda a dedicação, seriedade e sobretudo coragem para apresentar ao público nos dias de hoje um projeto ousado como este.
Sentimos no ar uma nova tendência, novas direções para a música, e quanto todos precisamos de sense of Quiet - como bem diz Yoshihiro, "música tranquila e expressiva para ajudar o mundo a ser mais bonito e pacífico".